sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fotografia "não carnavalizada" é o trunfo do longa "Quincas Berro D'água"




Toca Seabra é tido como um dos diretores de fotografia mais importantes do cinema brasileiro. Foi responsável por encontrar belos ângulos em filmes como “O Dia da Caça” (1997), “O Invasor” (2001), “O Outro Lado da Rua” (2003), “Cidade Baixa” (2004), “Estômago” e “Cão Sem Dono” (2006). Sobre estar entre os melhores, Toca não se importa com isso. “Não me incomoda nem extasia. E é sempre melhor do que ser incluído entre os piores”, diz ele, que começou a trabalhar em cinema como assistente de câmera no filme “Aleijadinho” (1977), de Joaquim Pedro de Andrade.
Agora, com a adaptação de mais um livro de Jorge Amado aos cinemas, sob direção de Sérgio Machado, Toca optou por “uma paleta multicolorida, porém não carnavalizada, que expressasse a Bahia”. No elenco, Mariana Ximenes, Vladimir Brichta, Paulo José, Marieta Severo, entre outros. É justamente em uma cena com Mariana, aquela em que sua personagem Wanda recebe a notícia da morte do pai, que Toca destaca como marcante. Por quê? “Porque a Mariana ficou linda, de um jeito que nem mesmo sei dizer”, afirma.
Perguntado sobre as diferenças físicas que há na cidade de Salvador de agora com a dos anos 50, quando se passa o filme, Toca cita três problemas atuais: “Crack, axé-music e trânsito”, enumera. Quando “Quincas Berro D’água” entrar em cartaz nos cinemas do país, no dia 14 de maio, uma pessoa em especial estará torcendo para que se confirme a aposta de que o filme emplaque uma das maiores bilheterias da produção nacional em 2010, Toca Seabra. E nós também.



Fonte: Último Segundo

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